top of page

Segundo dia do “II Encontro de Justiça Socioambiental – Direitos Indígenas” mostra a fragilidade da


II Encontro de Justiça Socioambiental da Bocaina - Direitos Indígenas

O tema do segundo dia do “II Encontro de Justiça Socioambiental da Bocaina – Direitos Indígenas” foi a Educação Indígena. Estiveram presentes indígenas de sete aldeias do estado do RJ discutindo com especialistas da área, professores, procuradora da república de Angra dos Reis, representantes de Secretaria do Estadual de Educação (SEEDUC) os problemas que historicamente os indígenas enfrentam para terem acesso a educação escolar nos seus territórios tradicionais. Apesar da legislação brasileira garantir aos povos indígenas o direito a uma educação escolar diferenciada, que seja bilíngue, contextualizada e adequada a forma de organização social desses povos, na prática faltam professores, merenda, estrutura física, entre outras questões fundamentais para o bom funcionamento de uma escola. Cada conquista tem se dado a partir de muita organização e luta. E o dia de ontem foi mais um passo dessa trajetória. Alguns encaminhamentos foram feitos no sentido de trazerem soluções conjuntas e garantirem a implementação de uma educação diferenciada de fato e de qualidade para as crianças e os jovens indígenas.

“É uma situação muito complicada. Desde o começo que a escola foi reconhecida pelo estado tem alguns problemas, porque se a gente for comparar com outros estados que também tem educação indígena é muito assustador o nosso estado em relação a educação. Nossos direitos não estão sendo respeitados. Eles estão sendo violados. No regimento da educação indígena, tá bonitinho. Fico estudando aquele papel, mas no trabalho, no que vai acontecendo, não é daquela forma. Vai acontecendo ao contrario do que está ali. Onde está nosso direito? Onde está o direito da criança, do adolescente que tanto o juruá fala”.

Ivanildes Kerexu – Aldeia Itaxi - Paraty Mirim

“É muito difícil fazer esse sistema diferenciado. Por que dá muito trabalho na cabeça deles. Eles estão muito preso nesse sistema capitalista, que acredita que padronizar tudo é melhor”.

Jerá Giselda – Aldeia Tenondé Porã - Parelheiros SP

Hoje o encontro continua e tem como tema os grandes empreendimentos.

Colaboração (texto): Vanessa Marcondes

bottom of page