Foram dois dias de leituras e debates sobre o Plano Nacional de Educação no salão nobre da Câmara de Vereadores de Paraty, RJ. Os debates estiveram focados nas metas do Plano Nacional de Educação, lei n nº 13.005, o PNE, aprovada em 25 de junho deste ano. Para Laura Santos, a Laura do Campinho, a questão da educação diferenciada deve fazer parte do debate e do texto do Plano Municipal de Educação. Uma alternativa é o aprofundamento no estudo e a adoção dos termos do Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, a Lei da Educação no Campo, no município. “Percebemos que a Lei da Educação no Campo é garantida pelo governo federal e isso pode fazer muita diferença.”, avalia a quilombola.
A reunião que aconteceu nos dias 7 e 8 de outubro, foi mediada pela pesquisadora Eliane Teixeira da Fundação Itaú Social a pedido da Secretaria de Educação, e cerca de 30 pessoas, dentre professores, representantes do poder público, das escolas particulares e do terceiro setor participaram do encontro. O Fórum das Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba (FCT) esteve presente e debateu as 20 metas do PNE. São elas: 1 - Educação Infantil, 2 - Ensino Fundamental, 3 - Ensino Médio, 4 - Educação Especial/Inclusiva, 5 – Alfabetização, 6 - Educação integral, 7 - Aprendizado adequado na idade certa, 8 - Escolaridade média, 9 - Alfabetização e alfabetismo de jovens e adultos, 10 - EJA integrada à Educação Profissional, 11 - Educação Profissional, 12 - Educação Superior, 13 - Titulação de professores da Educação Superior, 14 – Pós-graduação, 15 - Formação de professores, 16 - Formação continuada e pós-graduação de professores, 17 - Valorização do professor, 18 - Plano de carreira docente, 19 - Gestão democrática e 20 - Financiamento da Educação.
Nos debates os participantes concordaram que há alguns problemas recorrentes no município como alta evasão escolar, baixa qualidade do ensino e uma educação que não entende a diversidade cultural . Ao final foram escolhidos 15 pessoas para a criação do GT Plano Municipal de Educação, o FCT integra o GT para a elaboração do Plano Municipal de Educação. Para o diretor da Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo dos Santos, mais que escrever um novo plano para a educação do município, é “necessário que o professor entenda que é o agente político capaz de manter ou mudar conceitos e por isso sua participação nesse processo é fundamental”.
Por Comunicação Fórum de Comunidades Tradicionais